quinta-feira, 12 de junho de 2008

Palmeiras Campeão Paulista de 93

Por Heitor Bastos
Hoje é um dia incrível. Primeiro porque é meu terceiro dias dos namorados com a minha namorada (ainda há de vir mais 97). Segundo porque o Sport foi campeão ontem em cima deles. Terceiro (não menos importante) porque faz 15 anos da conquista do Paulista de 93. Um título que nos tirou de uma fila de 16 anos e deu a nós palmeirenses alguns ídolos (para citar alguns Sérgio, Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edmundo e Evair).
Foi um titúlo inesquecível. Eu tinha quatro anos! Lembro muito apenas da emoção contagiosa que tomou conta da sociedade brasileira.Todos tomaram consciência que o PALMEIRAS estava de volta na parada e não mais como codjuvante mas como personagem principal. No mesmo ano faturamos o Brasileiro.
O mais importante foi que o titúlo foi em cima deles, nosso maior rival. Pois o outro time lá, do Jd. Leonor, como disse Oberdan Catani: Corinthians é rival, São Paulo é inimigo.
No primeiro jogo perdemos de 1X0 e o Corinthians era favorito. Após o primeiro jogo Nelsinho Batista (sempre ele...), técnico alvinegro, disse que o time dele tinha mais raça. E Viola imitou um porco. Edmundo perguntou para ele quantos gols ele queria. É, o mundo dá voltas.
O segundo jogo foi lindo. Me emociono ao ver os vídeos e ouvir as história, afinal tinha 4 anos. Lembro apenas da emoção.
Aos 36 minutos do primeiro tempo o Grande Zinho abriu o placar. Chutou colocado no canto esquerdo do gol de Ronaldo.
No início do segundo tempo Edmundo passa na frente de Ronaldo e o goleiro corinthiano derruba o Animal. É expulso. Mas extranhamente ele expulsa Tonhão. "Extranhamente"...
Aos 28 do segundo tempo Evair, o Matador, faz o dele.
O jogo era do Palmeiras e Edmundo e Edílson acabavam com o jogo infernizando todo time corinthiano. E aos 38 do segundo tempo Evair chuta a bola na trave e Edílson faz no rebote. 3X0 e fomos para a prorrogação. Era diferente o regulamento. Tinhamos que ganhar no tempo normal e na prorrogação pois haviamos perdido a primeira.
Penâltie para o Palmeiras. Evair ia bater. Palavras dele para a Gazeta Esportiva: “Sempre o Sampaio vinha e falava uma frase no meu ouvido. Neste pênalti foi estranho, porque ele demorou para vir. Eu pegava distância, olhava para os lados e ele não aparecia. Mas ele veio e disse: ‘vai em nome de Jesus’.
Naquele momento, parecia que eu não tocava o chão. Parecia que eu estava flutuando. Bati aquele pênalti, foi o gol mais importante da minha carreira e eu não imaginava a importância daquele chute. Os torcedores palmeirenses estavam de mãos dadas nas arquibancadas e aquele foi um momento muito gostoso.”
O resto é cantoria amigos. Vejam o vídeo narrado por José Silvério que narrava na Jovem Pan. E imaginar quem narra hoje em dia por lá...

Palmeiras 4x0 Corinthians

Palmeiras - Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel, Edílson (Jean Carlo) e Zinho; Edmundo e Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Corinthians - Ronaldo; Leandro, Marcelo, Henrique e Ricardo; Ezequiel, Marcelinho, Paulo Sérgio e Adil (Tupãzinho, depois Wilson); Viola e Neto. Técnico: Nelsinho Batista.

Local - Morumbi
Data - 12/06/93
Árbitro - José Aparecido de Oliveira
Renda - Cr$ 18.154.900.000,00
Público - 104.401 pagantes

Lembram da frase do Nelsinho Batista ao final do primeiro jogo? Que o time dele tinha mais raça? Luxemburgo no final, com a taça em nostra casa, respondeu: "fazer um time ter raça em uma semana é fácil; o difícil é fazer ter técnica".
Nelsinho Batista perdeu o titúlo para nós em 93, era o técnico do Corinthians ano passado e caiu para a Série B e ontem venceu o Corinthians na final. Sabe, to começando a gostar dele...
Abraço a todos.

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